quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Convento do Espinheiro Distinguido

Convento do Espinheiro novamente distinguido nos WTA

O Convento do Espinheiro – A Luxury Collection Hotel & Spa foi distinguido, pelo quarto ano consecutivo, com o prémio “Portugal’s Leading Spa Resort” na etapa europeia dos World Travel Awards (WTA), que decorreu no passado dia 17, em Óbidos.
“É com grande orgulho que anunciamos que, pelo 4º ano consecutivo, o Convento do Espinheiro – A Luxury Collection Hotel & Spa foi distinguido com o prémio “Portugal’s Leading Spa Resort”, pelos World Travel Awards”, anunciou a unidade em nota enviada à comunicação social.
Além do elevado valor histórico-patrimonial, já que se encontra inserido num edifício datado do século XV, o Convento do Espinheiro tem vindo a ser reconhecido também pela qualidade do seu Spa, que funciona sob a reconhecida marca E’Spa.
O Spa do Convento do Espinheiro é também membro do clube de elite “Spa Collection”, onde se encontram representados os melhores hotéis com Spa da cadeia Starwood.
Considerados como os “Óscares” da indústria do turismo, os WTA são actualmente os prémios mais prestigiados do sector, distinguindo anualmente as melhores empresas, produtos e serviços no campo das viagens, turismo e hospitalidad

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Fiquei Feliz

Sempre que regresso das minhas viagens, trago comigo a convicção que viajar é o melhor complemento à nossa formação enquanto seres humanos.
Este ano decidi juntar ao meu CT (Currículo Turístico) mais 2 países europeus. As escolhas recaíram na Bélgica e Alemanha.
Cinco dias em cada um destes países chegou para renovar a ideia que já tinha dos outros 12 paises europeus visitados, Portugal está mesmo na cauda da Europa.
Não vou aqui fazer o jogo do " descubra as diferenças" porque enumeraria uma centena delas, desde o preço da gasolina mais baixo a 1882 km percorridos em autoestradas a ZERO cêntimos.
Farei a minha critica na questões de organização turística que a Bélgica revelou.
Na Bélgica encontrei um país de gente calorosa e muito prestáveis e acolhedores ao forasteiros que ali chegam.
Sabem perfeitamente que não são nenhum colosso europeu de turismo receptor,antes pelo contrário, a Bélgica é essencialmente um país de emissão e não de recepção. Talvez por essa razão os que chegam devem ser tratados de uma forma muito especial porque só dessa forma poderão inverter a sua balança comercial turística.
Bruxelas é uma cidade organizada, embora com muito trânsito automóvel, os Mercedes, Bmw's e VW, dominam por completo o panorama automobilístico. Penso que a Bélgica, em conjunto com a Áustria, são os mais dignos representantes da União Europeia desenvolvida e que todos querem um dia ter nos 27 Estados membros.
Os transportes públicos são muito eficientes, sempre com ligações de 15 em 15 minutos, fosse de metro, metro de superficie ou autocarros. Todas as informações turísticas são fornecidas em 4 línguas ( Francês, Alemão, Neerlandês e Inglês), ainda me lembro na ultima viagem que fiz de eléctrico em Lisboa, um turista me perguntar...e agora onde estamos?!
Fiquei igualmente feliz porque uma das minhas ideias para o sector turístico em Portugal passava pela formação de pessoas que pudessem andar pelas ruas devidamente identificadas, a ajudar os turistas, indicando caminhos, sugestionando percursos, sugerindo visitas, etc. Pelas ruas de Bruxelas haviam esses jovens que calorosamente se dirigiam aos turistas sempre que os viam parados nas ruas a rodarem e rodarem os seus mapas para se tentar encontrar.
Fui ao encontro deles para perceber o mecanismo do seu trabalho.
Eram alunos Universitários que por 25 euros por dia realizam este trabalho.Trabalhavam 6 horas por dia. O programa do Turismo da Bélgica chamava-se " Let me help you" e decorria de Abril a Setembro. Sempre que abordavam turistas distribuiam um cartão que permitiria ao visitante entrar nos museus com uma tarifa mais reduzida, incentivando assim a visita e o consumo por parte dos turistas.
Na conversa foi-me dito que a visita aos museus através daquele cartão tinha quadriplicado nos ultimos anos.
Fiquei feliz...

domingo, 2 de agosto de 2009

Convento do Espinheiro Galardoado

A conceituada revista “Travel+Leisure” (com sede nos EUA mas com várias edições internacionais) entregou na semana passada os prémios World’s Best Awards, votados pelos leitores, para os melhores do turismo no mundo. E, entre os melhores da Europa, Portugal conta com duas grandes estrelas: a Madeira conquistou o 4.º lugar entre as ilhas europeias (com uma pontuação de 81,85 em 100), atrás das ilhas Eólias (85,13 pontos – Itália), Dálmatas (Croácia) e Santorini (Grécia) e à frente das Cíclades (Grécia). Já no top mundial, a vencedora foi Bali (Indonésia), destronando as Galápagos. Nos hotéis, o destaque vai inteiro para o Convento do Espinheiro, em Évora, que conseguiu o 2.º posto no top dos “resorts” europeus (com uma nota de 87,50), atrás apenas do Il San Pietro, em Itália (com 91,39).

domingo, 28 de junho de 2009

Turismo Religioso Parte III

Embora o Turismo religioso não surja como um dos dez produtos que integram o PENT - Plano Estratégico Nacional do Turismo, e seja apenas um dos subprodutos do Touring Cultural, penso que em breve, graças ao interesse que está a despertar, não só no meio académico e universitário, mas também nos diversos operadores turísticos, que em breve o denominado Turismo Cultural e Religiosos atinja o lugar que merece.
No que diz respeito aos recursos turísticos ligados a este produto, Portugal apresenta vantagens competitivas: possui uma ampla e variada oferta cultural e religiosa, concentrada geograficamente e de elevada qualidade.
Um País com 800 anos de história detentor de um património arquitectónico, artístico, histórico, natural e religioso capaz de atrair muitos visitantes, constituindo, aliás, um dos factores diferenciadores do destino.
O turismo cultural e religioso revela-se o mais enriquecedor para o turista, contudo mais exigente para a estruturação da oferta, no qual o conhecimento e a aprendizagem desenvolvem atitudes de tolerância e solidariedade.
Deste modo, pretende-se que a utilização do património natural e cultural tenha subjacente princípios que assegurem a sua conservação, que lhe acrescentem valor e que a fruição turística possa ser encarada como um dos motores de desenvolvimento local e regional.
É no quadro do touring que o turismo religioso se posiciona como elemento específico e complementar deste produto estratégico, permitindo, junto da procura, diversas abordagens. O património religioso, permite a introdução de uma dimensão espiritual passível de ser interpretada por qualquer um dos seus públicos – o peregrino e o turista apreciador de arte e cultura.
O grande desafio para o turismo religioso, enquanto elemento integrante do Touring Cultural, assentará na sua capacidade de implementar modelos eficazes de gestão que permitam uma fruição do património religioso que associado a todas as outras valências turísticas, confira, a cada um dos públicos, a experiência da descoberta, do conhecimento, do deslumbramento e de elevação pessoal.
Desta forma o que pode distinguir uma peregrinação de uma viagem turística no âmbito do religioso? A motivação. Uma peregrinação é claramente motivada por razões de ordem espiritual e religiosa, precedida por um tempo de preparação, acompanhada normalmente por um sacerdote.
Outras viagens são dominadas peregrinações mas verdadeiramente não o saõ porque a motivação é trocada pelo pretexto. Por exemplo, a pretexto de uma peregrinação a Fátima são feitos programas tão recheados de visitas a grutas, a museus, a caves e adega, a espectáculos e a provas gastronómicas, onde a dita peregrinação é apenas um detalhe que não passou de uma visita turística a Fátima. Temo que talvez sejam estas as viagens mais comuns dentro deste sector chamado Turismo Religioso.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Turismo Religioso - Parte II

Comercialização da fé e mecanismos de incentivo à motivação religiosa

A indústria do turismo é responsável por uma boa parte da moderna evangelização que percorre os nossos dias. Ao criar pacotes turísticos, em que os destinos de culto religioso são o seu grande chamariz, está dessa forma a “evangelizar” os seus clientes. Estes são absorvidos pela grandeza dos locais que visitam, uma vez que o sagrado se mistura com o profano e o profano inclui naturalmente a mercantilização da fé. Esta mercantilização obviamente esvazia todo o lado sagrado que a maioria dos locais possui, há um esvaziamento da dimensão simbólica
Os locais de culto estão atolados de lojas de artigos de culto, e de vendedores ambulantes, que comercializam objectos necessários a um ritual do turista e do peregrino. Com a crise económica e moral em que vive a sociedade contemporânea, as classes mais baixas e os endividados são alvos fáceis dos mercantilistas da fé.
A mercantilização dos símbolos religiosos e as implicações económicas de venda deles deve tornar-se do maior interesse para os investigadores à medida que o mundo se torna mais orientado para o consumo (Vukonic, 1996)
A necessidade de contactar o divino, através da aquisição das imagens da Virgem, vai ao encontro dessa mercantilização da fé.
Cultura e religião desde sempre andaram de mãos dadas. No que toca à primeira, a sua motivação é a valorização cultural e a fruição dos diversos atractivos existentes nos destinos, dos quais se destacam: actividades de animação cultural e recreativa, visita a museus, monumentos, eventos culturais e festividades tradicionais. A segunda orienta-se por motivações que têm a ver com a devoção e práticas religiosas, nomeadamente: promessas, peregrinações, participação e determinados eventos, sendo o património cultural o elo de ligação entre ambas. Assim desta forma, não é pois de admirar que o mesmo aconteça entre o turismo cultural e o turismo religioso.
Não deve, portanto, ser apenas entendido como a simples prática de peregrinações, mas como forma de oferta aos turistas de novas experiências e do despertar neles novas motivações. A sua base é o riquíssimo património natural e cultural das religiões e, muito embora seja considerado por um turismo à parte, na realidade constitui-se hoje, como um segmento do turismo que mobiliza cada vez mais turistas.
O Turismo religioso tem vida própria uma vez que surgem inúmeras festividades religiosas ao longo do ano. Com a chegada da Primavera, três ciclos importantes acontecem: a Páscoa, o ciclo de Maio (dedicado a Maria) e o Espírito Santo. O ciclo da Páscoa o mais importante de todos, está associado às celebrações do Domingo de Páscoa, aspectos ligados à igreja e a rituais populares. As celebrações do ciclo de Maio dedicadas a Maria, atingem o seu clímax no dia 13 de Maio dia em que se comemora o dia da Aparição da Virgem aos Pastorinhos.
O terceiro ciclo constitui o ciclo da Primavera. São célebres as festividades oriundas dos Açores, em honra e louvor do Espírito Santo.
Estes rituais mantêm acesa a chama da devoção, repetindo-se todos os anos nos mesmos lugares.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Turismo Religioso

Apropriação dos espaços religiosos

O turismo religioso, muito ligado ao turismo cultural, pretende fazer a ligação da fé e da crença – mundo espiritual – aos espaços físicos que justifiquem essa mesma fé. Esta forma de apropriação é justificada por aquilo que o local consegue transmitir a quem o visita. O espaço apropriado começa por ser apenas um local que atrai indivíduos com motivações religiosas, alargando-se depois a uma vertente menos espiritual. Desta forma o espaço pode ser visitado tanto por peregrinos como por turistas.
Como resultado do marketing e do aumento generalizado do Turismo Cultural, os locais religiosos estão a ser mais visitados por turistas curiosos do que por peregrinos espirituais (Olsen 2003).
Do ponto de vista da industria turística, peregrinos são turistas e peregrinação uma forma de fazer turismo. Ainda não existe uma máquina que nos permita detectar um turista e um peregrino porque ambos frequentam o mesmo espaço mas com motivações diferentes. Através do Turismo religioso, grande parte da população mundial acede ao conhecimento do seu património global. Em todo o mundo santuários e lugares de culto são grandes atracções turísticas, espaços que a religião coloca à disposição dos crentes e dos não crentes para que aí desenvolvam as motivações da sua “peregrinação”.
A popularidade das viagens religiosas podem ser vistas não só no aumento da motivação religiosa a locais sagrados, mas também na combinação de uma nova era de espiritualidade na peregrinação da viagem (Rountree 2002)
A utilização dos espaços religiosos para comercialização das viagens organizadas, é um grande trunfo por parte dos operadores turísticos. O Turismo Cultural e Religioso conhecem uma dinâmica e crescimento particulares merecedores de reflexão sobre as formas de desenvolvimento de novos produtos e adequação contínua dos mercados. As formas de desenvolvimento dos operadores turísticos, e o modo como procuram adaptar a sua oferta a segmentos específicos moldando os produtos às exigências dos consumidores/clientes mas apropriando-se dos espaços culturais e religiosos.
A tendência da necessidade de apropriação ou reapropriação do inventário cultural do seu meio, em cada comunidade, comportamento que se tornou bem evidente a parti dos anos 80, alargado ao desejo de visitar os lugares carregados de História e de imaginário, o desejo de surpreender a vida, a descoberta de um momento do quotidiano gerador de emoções, de revelações, de curiosidades (Jafari, 2002).
No caso de Portugal, é impensável conceber um itinerário cultural, que não inclua, a batalha, a Abadia de Alcobaça, o Convento de Cristo em Tomar, o Mosteiro dos Jerónimos, a Sé de Évora, todos edifícios de cariz religioso e reconhecidos, pela UNESCO como de grande importância Mundial.
Os monumentos religiosos são edifícios com alma, em que as pedras das suas construções estão impregnadas de história e de valor. Os objectos não têm valor intrínseco, tem valor porque alguém os valorizou.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Vila Sol Evora

Inserido na semana do Turismo, iniciativa de louvor do Núcleo de Estudantes de Turismo da Universidade de Évora (NETUDUE), assisti há dias, a uma apresentação do futuro empreendimento de 5 estrelas a nascer no Alentejo.
Trata-se do empreendimento Vila Sol Evora, que se situa na Herdade da Palheta, cerca de S.Miguel de Machede, concelho de Redondo.
Fazendo-se representar pelo Dr. Pedro Margarido, este empreendimento terá como expoente máximo o Golf. Um Hotel de 73 quartos mais umas dezenas de moradias inseridas numa area de 300 hectares, onde juntamos uma barragem e uma boa parte de vinhedos, farão as delicias dos seus visitantes.
Prevendo a criação de 90 postos de trabalho directos e cerca de 400?! indirectos, com certeza que muitos alentejanos verão neste empreendimento um escape ao subsidio de desemprego.
Confrontado com questão da mão-de-obra (in)qualificada desta região que um projecto desta envergadura obriga, e se algum estudo tinha sido feito sobre esta questão, a resposta espantou os presentes.
"... é uma questão que nesta altura não nos preocupa, uma vez que já recebemos cerca de 90 CV e com certeza encontraremos as pessoas certas para as funções, sejam elas da região ou de outras partes do país..."
Ora aqui está um Projecto de Interesse Nacional (PIN) que salvaguarda o emprego da região onde se instala...
Numa altura em que se fala de quotas para as mulheres na politica, quotas para as pescas, quotas para a agricultura, etc, não estaria na altura de obrigar estes Grupos económicos do sector Turístico/Hoteleiro que se instalam nas diferentes regiões do país, a terem quotas para empregabilidade dos autóctones??
A preocupação demonstrada foi tão pouca, que fez pensar os presentes que pouca importa se se dá emprego aos locais, conhecedores da região, ou a chefes de cozinha franceses, chefes de sala Italianos ou a uma brigada de Housekeeping com sotaque a samba.
Não interpretem das minhas palavras que sou contra estes funcionários, de modo algum, interpretem sim, é a necessidade de obrigar estes "mega projectos" a pensar nos que cá estão.